sábado, 17 de maio de 2008

Variedades linguísticas

Esta é a 6ª aula e continuamos o estudo da variação linguística. Alguns modos de falar são considerados "certos " e "bonitos" não por acaso, mas dependendo da classe social deste falante, enquanto outros são vistos como 'errados" e "feios", por ser empregado por um falante de uma classe social menos reconhecida. A língua é um elemento que marca a identidade física e individual do falante. Através dela descobrimos em que grupo a pessoa está inserida(é de um nível social mais alto? é um professor? um médico? um roqueiro?alguém do meio rural?). A língua aparece como uma forma de controle social das classes dominantes e dominadas.

Estamos comentando a questão das trocas de letras, falta de concordância,etc e vimos que são fatos que não acontecem por simples desconhecimento mas que há razão para eles. Na troca de letra por exemplo, do l pelo r ,estas são consoantes líquidas que têm o ponto de articulação muito próximo um do outro e todos dois são capazes de de juntarem a outras consoantes para formarem os encontros consonantais. No latim palavras como clavu se transformou no português para cravo, flaccu, se transformou em fraco e etc. Por isso é comum ouvirmos Cráudia e praca ao invés de Cláudia e placa.A esta troca os linguísticas dão o nome de rotacismo.Outras trocas se dão de forma mais natural e pensa-se que é pelo fato do usuário da língua achar tais formas mais fáceis, como em "os menino vive". A língua portuguesa é muito rica e é papel do professor lidar com essas diferenças, sem provocar a discriminação. É dever do estado facilitar para que todo brasileiro tenha acesso à lingua mais valorizada socialmente, a língua padrão. Se a pessoa tem acesso a essa língua ela poderá permear pelas diversas camadas sociais, ter acesso às várias formas de se empregar a língua e ter condições de compreender todas elas e usá-las da maneira que preferir, no momento que achar adequado. Nós, professores, devemos favorecer a inclusão e jamais ter uma atitude de exclusão . Ouvimos hoje no momento da leitura compartilhada a leitura de um conto que mostra um caso de discriminação através do preconceito linguístico. Vimos nesta aula que onde há variação, tem avaliação. É preciso termos a sensatez e fazer uso do nosso conhecimento para não exercermos e nem deixarmos que a estimatização se propague no nosso meio. Precisamos lidar com as diferenças do uso da língua e entendê-las como mais uma riqueza da língua portuguesa.

3 comentários:

wanderson disse...

oi professora achei muito bom suas palavras

wanderson disse...

eu so quero dizer que vc e uma pessoa muito especial para nois...
eu adoro sua aula,porque vc ensina com dequeladesa com todos nois.Então so resta a dizer obrigado por tudo

Elisete disse...

Olá, gostaria de parabenizá-la pelos textos que escreve. Você tem razão, quando diz "que precisamos tomar cuidado para não usarmos da discriminação quando ensinamos a língua portuguesa", afinal nossa língua é mesmo muito rica e por esse motivo ela sobrevive com tantas diferenças.
É muito bom partilhar esses momentos de discussões com você.
Abraços: Elisete.