terça-feira, 7 de abril de 2009

Meu curso Informática Educativa

Estou agora em um curso de informática muito interessante para profesores e alunos. É o curso de informática educativa do cepceilandia. Pretendo trabalhar com meus alunos de forma mais moderna, utilizando os recursos da internet. De inicio, vou passar os links onde estou postando as minhas atividades em minha home page. Não deixem de visitá-la. Estou também indicando varios links para pesquisa na webquest.

domingo, 23 de novembro de 2008

Mapa Conceitual

Estamos chegando ao final de um curso que foi por demais importante e transformador de práticas e velhos conceitos da época de faculdade. Nova didática, metodologias, novas formas de encarar o diferente, de aprender que na língua ninguém é igual a ninguém, ninguém escreve ou lê igual a ninguém. Foi tempo de atualizar, de querer renovar, de perder o medo de ensinar de outra forma , de mais uma vez ouvir que é preciso se preocupar menos com a gramática e mais com a função da comunicação. Foi tempo de se ouvir que o dever do professor é trabalhar as diferenças, melhorar o nível de letramento para assim chegar ao seu fim que é o de incluir e não excluir . Foi tempo de debater sobre as várias formas de discriminação que a pessoa sofre pela língua. Foi tempo de levar pra sala de aula novas formas de se trabalhar a produção textual, novas idéias de se trabalhar a oralidade e de repensar o conceito de “certo” e ”errado”. Valeu muito! Agradeço às professoras Tamar e Luzia as quais estiveram conosco em todos os encontros, como também aos professores da UnB que mesmo à distância nos acompanharam e nos trouxeram um excelente material.

Memorial

Lembro-me bem... Ainda me lembro quando pequena, sentada num grande banco, em volta de uma grande mesa da fazenda, tive contato com as primeiras letras. Minha mãe ao meu lado, às vezes segurando na minha mão, outras não, me ajudava a traçar as letras do alfabeto, escrever meu nome, escrever uma pequena história que ela inventava naquela mesma hora.Assim aprendi  ler e escrever. Como demonstrava um grande interesse pelo estudo ela logo comprou um livro para facilitar a minha alfabetização. Facilitar a minha alfabetização era o que dizia . Mas O Circo Sapeca fez muito mais que isso, me trouxe o encantamento diante das histórias e das gravuras, transportou-me para o mundo fascinante do circo e dos artistas, realidade muito distante de uma vida na fazenda. “Juju – Olhe a Juju/Juju dança na bola...”, ou ” Zazá – Esta é a Zazá/Zazá dança no arame/Que beleza!/A menina não cai. “ Nunca esquecerei da importância que teve a minha mãe na minha vida de estudante. Sempre gostei de estudar, de conhecer mais, de descobrir...
Então, no ano seguinte foi tempo de partir para a cidade para descobrir mais do mundo das letras. A professora era maravilhosa , passava muitas leituras transcritas por ela numa grande folha de jornal,pois emendara as folhas e a dependurava no quadro. Ali eu lia muitas histórias! Até então, só eu sabia ler. Achava o máximo, coisa de criança! No meio de todas aquelas meninas( porque era escola só de menina!) só eu lia . A leitura foi se fazendo aos poucos, foi acontecendo , foi me despertando o desejo de estudar todos os dias! Não me lembro o nome do livro aqui nesta fase , nem mesmo sei se tive livros. Nunca fomos levadas à biblioteca, olhávamos através do vidro da porta aquela sala muito limpa, com os livros rigorosamente arrumados nas prateleiras, mas nunca soubemos para que fim. Mas me lembro que a professora levava muitas poesias para sala de aula. E ainda recordo Cecília Meireles com A canção dos tamanquinhos. “Troc...troc...troc... ligeirinho,ligeirinho,troc...troc...troc... vão cantando os tamanquinhos! “(agora líamos em coro!) Assim o tempo foi se passando e só na sétima  série voltei a ter contato com o mundo encantado dos livros. Li Pollyana, Os meninos da rua Paulo, Mar Morto e vários outros...
No  segundo grau, sempre li por conta própria, nunca dependi do professor para indicação de leituras. No curso de Letras li todos indicados pelos professores e muitos por vontade própria: Cecília Meireles, Carlos Drummond, Machado de Assis, Graciliano Ramos e Manuel Bandeira são meus preferidos . Na literatura portuguesa gosto muito de Florbela Espanca , Camilo Castelo Branco e Fernando Pessoa. Como se vê, a poesia está sempre presente nas minhas preferências pela leitura, seja ela em prosa ou verso. Acho que não é por acaso!
Como professora de Língua Portuguesa, penso que quanto maior for o contato do aluno com as histórias lidas e ouvidas, maior será a sua facilidade para se fazer leitor. Todo texto contribui para o amadurecimento do ser, por isso a variedade de gêneros se faz de grande importância neste mundo onde quem sabe ler sai na frente, pois como diz o ditado “em terra de cego, quem tem olho é rei”.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

As várias leituras

Hoje foi mais uma aula muito interessante. Iniciamos ouvindo da professora Luzia a leitura de um lindo livro infantil sobre a vida de Leonardo da Vinci. Todas gostamos da história ouvida e devemos preservar este hábito em nossas salas de aula. Ler histórias para nossos alunos. Fizemos vários comentários sobre situações diárias vivenciadas no nosso trabalho e depois analisamos a ´letra da música E.C.T. Constatamos o quanto é difícil a sua interprpetação e a margem que dá para as diversas leituras. Como comentei na aula postada anterior a essa, as nossas leituras são várias, a minha leitura não é igual à do outro. Analisamos que num texto encontramos o posto( aquilo que está claro), o pressuposto( o que não é dito diretamente mas deixa o outro descobrir pelo contexto) e o subentendido(a leitura que cada um faz, o que é mais social). Foi mais um encontro prazeroso e de mais aprendizado.

Colóquio de Letras

Ah, foi um final de semana muito proveitoso. Dos dias 06 a 08 de novembro participei do Colóquio de Letras: Leitura, análise e produção de textos realizado pela UnB. Foram três dias de muitas e muitas apresentações de trabalhos dos alunos do curso de especialização sobre diversos temas, como Reflexões sobre a leitura na sala de aula, a questão dos estrangeirismos presentes no nosso dia-a-dia, a valorização do aluno do EJA quanto a questão da variação linguística presente em sala, e as muitas formas de produção numa sala de aula. Estes são alguns poucos exemplos do muito que pude apreciar naqueles trabalhos. Preciso confessar o meu encantamento e satisfação ao perceber o quanto este meu curso está me ajudando. Todos os assuntos tratados lá no Colóquio de Letras estão sendo por nós estudados nas quintas-feiras. pude mais uma vez confirmar o conceito de que a Língua Portuguesa é a melhor disciplina para se trabalhar a interdisciplinaridade, a que mais nos leva a partilhar com as demais o currículo da escola.Ão ler e escrever o aluno tem que se tornar consciente do que faz. Antes estudava-se pronomes, agora estudamos os elementos anáforicos. O aluno precisa refçetor sobre o que está fazendo, precisamos trabalhar as competências inatas do aluno. Atualmente, acredito que grande parte dos professores de porotuguês já trabalham de forma a levar o aluno a perceber que a língua não se acha confinada às regras gramaticais, mas se constitui em uma atividade social que se realiza nas condições de interação, isto é ler. Escreve-se porque é preciso, porque tem uma função social, então de nada vai adiantar o professor pedir que seu aluno escreva quando não se está querendo interagir. A escrita de textos com funções reais deve tomar o lugar da escrita vazia, de palavras soltas/ e ou frases inventadas que não dizem nada. Precisamos trazer para a sala o que está acontecendo lá fora, trabalhar a partir da perspoectiva de gêneros textuais. Vi durante este curso, no decorrer de todo o ano, a grande quantidade de gêneros textuais, gêneros bem atuais , que interessam aos nossos alunos e que não deverão ser esquecidos por nós professores. Acredito que leituras atuais e do interesse dos alunos deixam os alunos muito mais participativos. Ouvindo a palestra do prof. Dr. Dagoberto Buim Arena, achei muito interessante ouvir deste grande estudioso da língua que nós professores, na maiorria das vezes, não ensinamos ler, o que fazemos é avaliar a leitura do aluno. Uma leitura fluente, não significa que se sabe ler, conhecer o sistema linguístico não é saber ler. Para que a leitura se realize é preciso que se conheça o assunto. Cada um de nós faz a leitura que pode, de acordo com o conhecimento cultural que carrega. Então, não posso dizer que toda a minha turma lê igualmente. Cada qual faz a sua leitura. Ler é aprender a fazer perguntas e procurar as respostas para o que antes eu não sabia. Segundo ele "o que nos move são as perguntas e respostas que procuramos a todo momento.Encontrar estas nossas respostas é alcançar o prazer. Aprender a ler é aprender a ter atitudes diante do texto, as leituras são diferenciadas pelas inferências que este leitor tem. A leitura não acaba quando os nossos olhos saem do papel". Foi muito agradável ouvir tudo isso e mais uma vez chegar à conclusão do quanto o meu curso está sendo útil. Confesso que não fosse ele muito do que ouvi nestes três dias não seria por mim compreendido, uma vez que até mesmo a terminologia dentro do meu proprio contéudo tem mudado ou surgido, como diferença entre gêneros e tipos textuais, letramento, etc.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Coerência e Coesão

   Vamos partir imaginando o que é um texto. Um texto constitui um todo significativo, é uma unidade semântica. Nos deparamos cotidianamente com inúmeros textos, cada qual dentro de um gênero. Um texto escrito tem uma unidade formal, pois apresenta características que lhe dão coesão.
o texto é uma ocorrência linguística falada ou escrita que deve apresentar três propriedades básicas: unidade sociocomunicativa, pois é uma unidade de linguagem em uso; unidade semântica, tem um todo significativo; e unidade formal, uma vez que as palavras devem se integrar para formar um todo coeso.
   São sete os fatores de textualidade:
coerência,coesão,intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade.

   A coerência é responsável pela unidade semântica, pelo sentido do texto.

   A coesão é responsável pela unidade formal do texto, que se dá por mecanismos gramaticais e lexicais. Enquanto a coerência se dá nas partes, a coesão se dá no todo do texto. Procuramos sempre um texto coeso, quando isto não ocorre nos perdemos nas suas partes e passamos a não entender ou entender muito pouco do que se procurou transmitir.
   A intencionalidade é o empenho do autor em construir um texto coerente, coeso, e que atinja o objetivo que ele tem em mente. Isto diz respeito ao valor ilocutório do texto, ou seja, o que o texto pretente falar.

   A aceitabilidade é a expectativa do recebedor de que o texto tenha coerência e coesão, além de lhe ser útil e relevante. Segundo Grice (apud Costa 1991) para o autor alcançar aceitabilidade é preciso cooperação, qualidade e quantidade.

  A situacionalidade diz respeito à pertinência e à relevância do texto no contexto. Situar o texto é adequá-lo à situação sociocomunicativa.

   A informatividade quer dizer que  quanto menos previsível se apresentar o texto, maior será a informatividade. Tanto a falta quanto o excesso de previsibilidade, de informatividade  são prejudiciais à aceitação do texto por parte do leitor. Um bom índice de informatividade atende à suficência de dados.

   A intertextualidade concerne aos fatores que fazem a utilização de um texto dependente do conhecimento de outro(s) texto(s). Um texto constrói-se em cima do "já-dito."

Em outras palavras eu diria que quanto mais leitura e interpretação, mais condições terei de fazer uma boa produção textual. A coerência e a coesão se tornam realidade em meus textos não no momento em que interiorizo conceitos, mas quando as pratico dentro dos meus próprios textos, a partir da prática diária de leitura e revisão.
Quando encontro respostas para os meus próprios questionamentos, estarei fazendo uma boa leitura, ampliando a minha visão de mundo, amadurecendo os meus conceitos. Por isso gostaria de deixar para os meus colegas professores a importância de se ensinar  ler; acredito que os cidadãos que vencem são os bons leitores.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Divergências ortográficas

   Se você ouvir de alguém e escrever "a fatipa velopodever" , outra pessoa poderá escrever diferentemente , como por exemplo: "afatifa felopodefer"; ou se ouvir " o circunchento ortecujou o gimalia", outro ainda poderá entender e escrever bem assim : o circunxento hortecujou o Jimália". E assim por diante.. São muitas as formas de se grafar o que ouvimos . Um mesmo som pode ser representado por letras distintas, isto nos confunde, já pensamos logo que não sabemos português, ou que nosso aluno não sabe nada, que é muito "fraco", que não pode ser promovido para a série seguinte. É necessário que nós, professores, primeiramente conheçamos o nosso aluno para descobrir o que é que ele não sabe, onde parou e depois fazermos os nossos encaminhamentos didáticos. As palavras mencionadas acima são apenas exemplos, são palavras que não existem, citadas com o intuito de mostrar que ao ouvir uma mesma palavra, duas pessoas poderão grafá-la de maneiras diferentes, pois um mesmo som, na nossa língua, pode ser representado de várias maneiras. É aí que vem o desespero dos professores, principalmente daqueles da área de português, pois ainda insistem em culpá-lo, deixar toda a carga da alfabetização para ele. A alfabetização se dá ao longo de toda a vida e não só nas séries iniciais. Quem de nós até hoje não descobre o significado de uma palavra nova ou mesmo a forma de grafá-la? Qual é o professor que não tem dúvidas? Assim também acontece com os nossos alunos e à medida que vão lendo e fazendo uso da escrita, vão introduzindo gradativamente a norma ortográfica. Este assunto foi tratado na aula que tivemos hoje, que foi basicamente os problemas ortográficos e mais uma vez estamos cientes que para dominar a norma padrão devemos passar pelo caminho da leitura e produção, pois muitas coisas não se explicam mas é preciso interiorizá-las. Como explicar por exemplo a diferença entre "aconteceram e acontecerão"? A regra não explica mas o aluno precisa entender que um já passou e que o outro ainda vai acontecer. Por que filha se escreve com lh e família, não? São esses exemplos de dificuldades apresentadas pelas crianças mas que ao longo do tempo serão resolvidas por cada um, tendo contato com a leitura .